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17/06/2019
GREVE GERAL
Trabalhadores e estudantes foram às ruas do Brasil defender a aposentadoria e a educação
No dia 14 de junho, trabalhadores e trabalhadoras do país inteiro se mobilizaram para protestar em defesa da aposentadoria e da educação. Em Caxias do Sul, a Greve Geral iniciou cedo, com bloqueio em pontos estratégicos da cidade. Em seguida, os manifestantes foram para a praça, onde foram realizados atos públicos no fim da manhã e no fim da tarde, com a circulação de mais de 5 mil pessoas. Teve música, falas, caminhada e coleta de mais de 800 assinaturas para o abaixo-assinado contra a reforma da Previdência. Chamou a atenção a grande quantidade de jovens, que também usaram a palavra para questionar os cortes na educação.
Os integrantes do Sintep/Serra paticiparam das atividades. Conforme Ademar Sagarbossa, diretor de Administração e Assuntos Intersindicais: "A reforma da Previdência do governo Bolsonaro quer acabar com o sonho de futuro de muita gente. Não vamos aceitar!”. Ele fez o alerta no caminhão de som que centralizava os atos na praça. Em entrevista para o jornal Pioneiro, Omar Fim, diretor de Finanças, destacou: “É um somatório com outros sindicatos para não passar essa reforma da Previdência, porque ela só vem para prejudicar todos os trabalhadores, não traz benefício para ninguém”.

NO PAÍS INTEIRO
Em entrevista ao site UOL, o diretor técnico do Dieese, (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos) Clemente Ganz Lúcio, avaliou que a greve foi forte, mas três aspectos impactaram a mobilização: o governo ainda está no início, o desemprego impediu que as pessoas participassem mais e a fragilização dos sindicatos, desde a reforma trabalhista, prejudicou a divulgação.
Apesar dessas dificuldades, no país foram cerca de 45 milhões de pessoas mobilizadas, com atos nas capitais e em 375 cidades, conforme mostra o mapa interativo. A Greve Geral de 14 de junho ficará na história como a continuidade de uma sucessão de manifestações em protesto a medidas do governo, um processo que tende a se estender pelo futuro próximo, caso os ataques aos direitos persistam.
Para quem questiona o resultado, o Sintep/Serra lembra que os movimentos realizados as partir de 2017 impediram que o presidente Michel Temer aprovasse a nociva reforma da Previdência que pretendia. Este ano, a mobilização popular está adiando a votação da PEC 06/2109 e levou a uma mudança na proposta, com a retirada de muitos pontos polêmicos no último relatório apresentado no Congresso. Ainda assim, a proposta de reforma da Previdência prejudica os trabalhadores e está tudo em aberto, os pontos retirados podem ser incluídos na votação final. O Sintep/Serra permanecerá em alerta.