imprensa

notícias

Voltar

16/01/2018

Sindicato

Sindicato é imprescindível para responder à investida do capital

Desde que entrou em vigor a Lei 13.467/17, em 11 de novembro de 2017, estabelecimentos de ensino demitiram professores e demais profissionais contrados pela CLT, para substituí-los por trabalhadores intermitentes

O movimento sindical está mostrando sua importância e o seu valor no enfrentamento aos contínuos ataques do capital contra o trabalho. No caso dos professores, ações na Justiça, assembleias e denúncias povoaram as duas primeiras semanas de janeiro. Outras categorias, como policiais e bombeiros potiguares e teleoperadores baianos foram à greve; rodoviários paraenses, auxiliares e técnicos de enfermagem cariocas, comerciários fluminenes, guardas municipais de Aracajú (SE), servidores municipais de Natividade (RJ) realizaram manifestações, protestos e entraram com queixas trabalhistas na Justiça, dentre outras ações.

Com o fim da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, na prática, do salário mínimo, com a imposição do trabalho intermitente, os empresários radicalizaram nos assaltos às conquistas dos assalariados, contando com o auxílio mais do que precioso do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra da Silva Martins Filho. “Em momentos assim, as entidades sindicais – o principal instrumento de luta econômica dos trabalhadores – têm realçado o seu papel, e é o que temos visto as entidades filiadas à Contee realizarem”, enfatiza o coordenador geral da Confederação, Gilson Reis.

Desde que entrou em vigor a Lei 13.467/17, em 11 de novembro de 2017, estabelecimentos de ensino demitiram professores e demais profissionais contrados pela CLT, para substituí-los por trabalhadores intermitentes. Ganhou destaque a Estácio, com a degola de 1.200 professores. Ganharam destaque, igualmente, os Sinpros que conseguiram suspender as demissões através de ações judiciais e mobilizações da categoria – até que o presidente do TST veio socorrer o capital contra o trabalho.

A união faz a força

Diante do quadro de ofensiva multilateral dos empresários e do aparelho estatal que os serve, com o Governo Temer à frente, a Contee e entidades filiadas desenvolvem campanhas de sindicalização, contra a desprofissionalização do professor, a terceirização, a mercantilização da educação, a lei da mordaça, as reformas da Previdência e trabalhista, ao machismo e em defesa da igualdade de gênero, dentre outras.

“O capital tem a força econômica, o domínio do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. É uma luta desigual – e ficou ainda mais desigual depois do golpe que destituiu Dilma e levou Temer ao poder. Por isso, temos que garantir a unidade de ação. As entidades sindicais se reafirmam como instrumento poderoso de luta – não só econômica, neste ano em que teremos eleições gerais. É preciso que reforcemos o trabalho de esclarecimento dos trabalhadores para que elejamos representantes ligados às nossas lutas no próximo pleito. Ele será decisivo para garantirmos e avançarmos em nossas conquistas”, finaliza o coordenador geral da Contee, Gilson Reis.

Fonte: Contee (http://contee.org.br)