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24/01/2018
mobilização
Manifestantes cantam nas ruas de Porto Alegre em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato
Cerca de três mil manifestantes cruzaram a Ponte do Guaíba, entraram na Avenida da Legalidade e caminharam mesmo debaixo de chuva até o Anfiteatro Pôr do Sol, nas imediações do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), onde foi montado o Acampamento da Democracia pelos movimentos sociais para acompanhar o julgamento do recurso do ex-presidente Lula. Eles cantaram músicas em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato nas eleições deste ano.
“O fundamental de toda essa mobilização é que o povo brasileiro protagonize um processo de resgate da democracia que foi golpeada em 2016”, disse o ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra, que participou da marcha ao lado de integrantes de movimentos que integram a Frente Brasil Popular, como a CUT, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), Via Campesina e o Levante Popular da Juventude, entre outras organizações.
“Temos que mostrar para a população e o judiciário que não aceitamos a condenação sem provas do Lula e que vamos continuar nas ruas, independente do resultado, em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora para barrar as chamadas reformas dos golpistas, como a da Previdência. Se botar pra votar, o Brasil vai parar. Eleição sem Lula é fraude”, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
Pouco depois das 8h, os manifestantes chegaram à Avenida Mauá. Próximos da prefeitura, eles cantavam pela liberdade de Lula, para que possa ser candidato nas próximas eleições. Também protestaram contra o governador José Ivo Sartori (MDB) e o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB). “Se a classe trabalhadora não tiver candidato, a eleição é uma hipocrisia”, defendeu João Pedro Stédile, dirigente nacional do MST.
A caminhada seguiu pela Avenida Borges de Medeiros, com rumo à Avenida Ipiranga e com destino final no acampamento.
Julgamento
Nesta quarta-feira (24), em Porto Alegre, a 8ª Turma do TRF-4 decidirá se mantém ou não a condenação a 9 anos e 6 meses de prisão imposta pelo juiz federal Sergio Moro em julho de 2017.
Fonte: CUT RS (http://cutrs.org.br)