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15/04/2018

Desigualdade

1% da população recebe 36 vezes mais que a metade com renda mais baixa

40% dos rendimentos do país foram para 10% melhor remunerados

O 1% da população brasileira com rendimentos mensais acima de R$ 27 mil recebe, em média, 36,1 vezes mais que 50% da população de baixa renda do país. É o que revela a pesquisa mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que colhe danos por amostra em domicílios de todo o país, a PNAD.

Segundo a pesquisa, a região Nordeste foi a que registrou uma diferença ainda maior entre as duas pontas, com os mais ricos tendo rendimento até 44,9 vezes maior. Na região Sul, a razão diminui para 25 vezes. No país todo, em uma média geral, enquanto a população com os menores rendimentos recebe em média R$ 754, os mais ricos registram R$ 27.213.

Os rendimentos mais baixos tiveram uma queda de 2,5% com relação a 2016. No ano passado, eles marcavam R$ 773 em todo o país. Enquanto na região Sul, os rendimentos mais baixos circulam em torno de R$ 974, na região Nordeste chegam a R$ 487.

De acordo com o índice de Gini, que mede a concentração de distribuição de renda em uma escala de um a zero – sendo zero “perfeita igualdade” e um “desigualdade máxima” – o Brasil pontua no meio do caminho com 0,524. As menores desigualdades, pela escala, seguem na região Sul (0,469) e as maiores no Nordeste (0,559).

40% dos rendimentos do país foram para 10% melhor remunerados

O IBGE aponta ainda que o rendimento médio mensal domiciliar da população brasileira registrou R$ 263,1 bilhões em 2017. Um pouco abaixo de 2016: 263,9 bilhões. Desse montante, 0,7% dos rendimentos foram para a população com os menores rendimentos. Enquanto, 43,3% ficou com 10% dos que recebem os maiores.

O rendimento médio mensal domiciliar da população brasileira em geral – equacionando os maiores e menores – ficou R$ 14 mais baixo do que no passado, sendo registrado em torno de R$ 1.271. A região Sul voltou a registrar o maior valor com R$ 1.567, enquanto Norte e Nordeste tiveram os mais baixos – R$ 810 e R$ 808, respectivamente.

Outro dado apontado é a participação de domicílios no Programa Bolsa Família, 14,3% em 2016, eles passaram para 13,7% em 2017. Na regiões com rendimentos mais baixos, o percentual é mais alto: Norte com 25,8% e Nordeste 28,4%. Domicílios que tinham Bolsa Família, tinham rendimento mensal per capita de R$ 324. Já os que não recebiam foi de R$ 1.489.

Fonte: Sul21 / Dados: IBGE