Os técnicos e administrativos estão encaminhando a pauta de reivindicação para a a negociação de 2019. Na manhã de sábado, dia 8 de dezembro, foi realizada uma assembleia para definir as reivindicações da categoria em Caxias. Depois, esta discussão vai se somar às outras realizadas nos demais sindicatos do estado (são sete ao todo) e compor a pauta única que será entregue ao sindicato patronal.

No encontro, os participantes fizeram relatos de cada ambiente de trabalho e da expectativa dos colegas quanto ao futuro profissional. Um dos pontos principais foi o questionamento em relação à atuação sindical protagonizado pela imprensa e entidades patronais, o que leva trabalhadores a também questionarem, muitas vezes desconhecendo o papel histórico de defesa dos direitos realizado pelos sindicatos. Sobre isso, será ampliada a divulgação das funções do Sintep/Serra e o aumento da sua importância a partir das ameaças aos direitos trabalhistas e previdenciários, possibilidade de fim do Ministério do Trabalho e fim da Justiça do Trabalho, cenário que se descortina no Brasil atual. “Atravessamos os piores momentos, muitos colegas têm se aproximado do sindicato recentemente, porque percebem que é a única opção de proteção aos direitos que temos”, destacou Ademar Sagarbossa, diretor de Administração e Assuntos Intersindicais do Sintep/Serra.

Na análise das reivindicações, foram levantadas opções de índice de reajuste salarial e do vale-alimentação, e houve afirmação da importância de manter o patrimônio de direitos já existentes. “Nós apresentaremos uma pauta de resistência e ao mesmo tempo propositiva, buscando ‘nenhum direito a menos’ e avanços também. Queremos fortalecer a negociação, ampliar a validade das cláusulas e garantir as melhores condições de trabalho possíveis”, concluiu Sgarbossa. O reajuste salarial a ser reivindicado será definido considerando o índice do INPC do período e também o valor de reajuste das mensalidades aplicado pelas instituições de ensino, conforme decisão da assembleia.

O vale-alimentação, os mecanismos de proteção contra a terceirização e os contratos intermitentes integram a pauta de reivindicações aprovada. 

A data-base da categoria, período em que os salários e condições de trabalho são repactuados, é 1º de março.

A seguir, a assembleia discutiu opções de sustentabilidade financeira do sindicato, considerando que a reforma trabalhista mudou as regras de descontos e repasses numa tentativa de minar a organização sindical. A definição foi no sentido que todos os integrantes da categoria, associados ou não, são responsáveis pela sustentação financeira do sindicato e todos deverão contribuir.

Aprovada a pauta de reivindicações, durante os meses de janeiro e fevereiro de 2019 serão realizadas reuniões nas instituições de ensino, objetivando socializá-la e discuti-la com o maior número de trabalhadores possível, para fortalecer as proposições.